sábado, 13 de setembro de 2008
Aranhas
As aranhas compõem a ordem mais numerosa dos aracnídeos, sendo consideradas válidas cerca de 35.000 espécies em todo o mundo, embora, segundo alguns autores, este número possa chegar a 100.000. Habitam praticamente todas as regiões do planeta, incluindo uma espécie aquática. Muitas espécies vivem próximas, e até mesmo dentro de habitações humanas, favorecendo a ocorrência de acidentes. O veneno, produzido por duas glândulas situadas na região das quelíceras, pode ser utilizado na captura de presas e como defesa. Poucas espécies podem causar acidentes com envenenamento humano importante. No mundo, são conhecidas 35.000 espécies de aranhas, distribuídas em mais de 100 famílias, porem, somente cerca de 20 a 30 espécies, são consideradas perigosas para o homem. No Brasil, as espécies mais representativas pertencem aos gêneros Phoneutria , Loxosceles e Latrodectus .
ETIMOLOGIA
O termo aranha é derivado da palavra latina araneus, aranea.
BIOLOGIA
Reprodução
O dimorfismo sexual nas aranhas, é caracterizado pela presença de bulbo copulador (localizado nas extremidades dos pedipalpos) nos machos. O acasalamento ocorre com o macho introduzindo o bulbo copulador, contendo o esperma, na abertura genital da fêmea. Após o acasalamento, o conteúdo espermático fica armazenado numa estrutura denominada espermateca. Os ovos são fertilizados no momento em que a fêmea realiza a postura. Para armazená-los, é construída uma bolsa, elaborada com fios de seda, chamada ooteca. A fêmea permanece junto a ooteca, até o momento da eclosão dos filhotes. As aranhas, bem como os escorpiões, possuem o corpo recoberto de quitina, (exoesqueleto), que é trocado periódicamente até a maturidade. As fêmeas das aranhas caranguejeiras, realizam anualmente a troca de pele, mesmo depois de adultas.
Alimentação
São carnívoras, alimentando-se de insetos e pequenos invertebrados. Algumas espécies de caranguejeiras da Amazônia são capazes de predar roedores e pequenos pássaros.
Habitat
Vivem no meio terrestre, desde as Ilhas próximas à região Ártica até os limites sulinos dos continentes, em teias geométricas ou irregulares, em buracos, cupinzeiros, sob troncos caídos, cascas de árvores, bem como, próximo e dentro das moradias.
Inimigos
Lagartixas, sapos, rãs, algumas espécies de peixes e pássaros, podem ser considerados inimigos naturais.
ESPÉCIES PERIGOSAS
No Brasil, as espécies de aranhas que costumam causar acidentes com envenenamento humano pertencem aos gêneros Phoneutria , Loxosceles e Latrodectus .
Phoneutria nigriventer (aranha armadeira) :Coloração marrom, com pares de manchas ao longo da parte dorsal do abdômen; possuem oito olhos em três filas: 2:4:2; de 4 a 5 cm de corpo, podendo atingir até 12 cm, incluindo as pernas. Vivem em bananeiras, sob troncos caídos, bem como, próximo e dentro das moradias; não fazem teia e assumem posição de defesa quando se sentem ameaçadas.
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Phoneutria nigriventer (aranha armadeira) :Distribuição: ES, MG, MS, GO, RJ, SP, PR, SC, RS.
Loxosceles spp (aranha marrom) : coloração marrom avermelhado; cefalotórax achatado; seis olhos em três pares; apresentam até 1 cm de corpo e 3 a 4cm incluindo as pernas. Costumam alojar-se em fendas de barrancos, pilhas de telhas, cavernas, sob cascas de árvores, bem como, próximo e dentro das moradias. Aranha Marrom: acima fêmeaabaixo macho
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgel8CPMCC3JO7AayCq1vlls3waAkeofs7J8XGNCmtwBf1wjXCs0IzxgIVAsPVlWBe663baCEJOfKUgKiamD74-gsiUV9F-6IVMzROHIaUBPKiP_7gIe1E49mFGhZNK5do0FehsjF_a8q4/s320/Dscn1313.jpg)
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Distribuição:
• Loxosceles amazonica – Norte e Nordeste do Brasil.
• Loxosceles similis – PA, MG, SP, MS.
• Loxosceles gaucho – MG, SP, PR, SC.
• Loxosceles intermedia – GO, Sudeste e Sul do Brasil.
• Loxosceles adelaida – SP, RJ.
• Loxosceles hirsuta – MG, SP, PR, RS.
• Loxosceles laeta – PB, MG, SP, RJ, PR, SC, RS.
• Loxosceles puortoi – TO.
Latrodectus geometr
icus (viúva-negra): apresentam abdômen globoso de colorido marrom-acinzentado com um desenho em forma de ampulheta na cor alaranjada na região ventral do abdômen; oito olhos em duas filas: 4:4; fêmeas com 1 cm de tamanho de corpo; machos, com apenas alguns milímetros de corpo. Constroem teias tridimensionais em meio a plantações, beiras de barrancos, entre as folhas de arbustos; costumam construir seus refúgios em batentes de portas e beirais das janelas.
Distribuição: cosmotropical
Latrodectus curacaviensis (viúva-negra): conhecida como flamenguinha e aranha barriga vermelha. Possui abdômen globoso de coloração preta com faixas vermelhas e, por vezes, alaranjada; apresenta no ventre uma mancha vermelha em forma de ampulheta; oito olhos em duas filas: 4:4; fêmeas com 1 cm de tamanho; machos muito menores com apenas alguns milímetros de corpo; constroem teias tridimensionais em áreas de plantações, vegetação rasteira, sauveiros, cupinzeiros, materiais empilhados, objetos descartados, montes de lenha, beiras de barrancos e no interior das moradias.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-KfCV3FjZnVyPdHIef4ONhKODIaOwUoGZrxeGj7SKHcIhrrgmZbj8xIliBzlrd8MYgi691mXGLs1dI86c6t5eAExdxvbfoHlyhyErhjwLf3WJy1xsBt2zRgUFRWzPH5XyY51ZdDkwiRA/s320/Latrodectus%25202.jpg)
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• Loxosceles similis – PA, MG, SP, MS.
• Loxosceles gaucho – MG, SP, PR, SC.
• Loxosceles intermedia – GO, Sudeste e Sul do Brasil.
• Loxosceles adelaida – SP, RJ.
• Loxosceles hirsuta – MG, SP, PR, RS.
• Loxosceles laeta – PB, MG, SP, RJ, PR, SC, RS.
• Loxosceles puortoi – TO.
Latrodectus geometr
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8i1hoT6TyXegXyCNFnXABGMZB_OswjjAi8ehyUXuomIUAb0vgqEe3_t-JlNqlZgcp02Eo6cdgKGMoQbTFfmhYpQfFMQLQAAa3H0ArPHSs-SGgPUoJdmCv7jpKhspEOUMEguSwO43LK5w/s320/latrodectus%25201.jpg)
Distribuição: cosmotropical
Latrodectus curacaviensis (viúva-negra): conhecida como flamenguinha e aranha barriga vermelha. Possui abdômen globoso de coloração preta com faixas vermelhas e, por vezes, alaranjada; apresenta no ventre uma mancha vermelha em forma de ampulheta; oito olhos em duas filas: 4:4; fêmeas com 1 cm de tamanho; machos muito menores com apenas alguns milímetros de corpo; constroem teias tridimensionais em áreas de plantações, vegetação rasteira, sauveiros, cupinzeiros, materiais empilhados, objetos descartados, montes de lenha, beiras de barrancos e no interior das moradias.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-KfCV3FjZnVyPdHIef4ONhKODIaOwUoGZrxeGj7SKHcIhrrgmZbj8xIliBzlrd8MYgi691mXGLs1dI86c6t5eAExdxvbfoHlyhyErhjwLf3WJy1xsBt2zRgUFRWzPH5XyY51ZdDkwiRA/s320/Latrodectus%25202.jpg)
Distribuição: CE, RN, BA, ES, RJ, SP, RS.
Lycosa erythro
gnatha (aranha-de-grama, aranha-de-jardim, aranha-lobo e tarântula): são freqüentemente encontradas em todo o Brasil. Apesar de causarem acidentes com freqüência, seu veneno não é considerado perigoso para o homem. Apresentam coloração marrom-clara, por vezes acinzentada. Atingem de 4 a 5 cm de comprimento e possuem, no dorso do abdômen, um desenho negro em fora de seta. O ventre é negro e as quelíceras são recobertas por pêlos avermelhados ou alaranjados.
Aranhas caranguejeiras
São freqüentemente temidas por causa da aparência e tamanho, muitas vezes chegando a atingir 10 cm de corpo e 30 cm de envergadura, porém, no Brasil não são conhecidas espécies responsáveis por envenenamento humano. As picadas costumam provocar apenas dor de pequena intensidade e de curta duração. Vivem, em geral, em locais afastados do homem (árvores, cupinzeiros, buracos em barrancos e galerias subterrâneas). O ferrão em posição vertical, reduz a eficiência do mecanismo de picada. Assim, raramente causam acidentes, principalmente espécies peludas e de grande porte. Além da inoculação de veneno, possuem outro mecanismo de defesa, inclusive mais freqüentemente utilizado, que consiste em atritar vigorosamente as pernas traseiras no abdômen, espalhando uma nuvem de pêlos com ação irritante em direção ao inimigo. Os pêlos podem causar alergias com manifestações cutâneas ou problemas nas vias respiratórias altas.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK3AsFLSZaJHg118zCg1leVj3SulFFGgJO3CEBhXGXNTcUeSke58phKXE4NSkMxM-Tg16aHwD4XdBdBGUlvlCrwr6jmjOwfMN0Sf2jE0SFS-cIsBuJupP7oAHUPCRy0PaampIAwy3CZo0/s320/Dscn0863.jpg)
Aranhas caranguejeiras
São freqüentemente temidas por causa da aparência e tamanho, muitas vezes chegando a atingir 10 cm de corpo e 30 cm de envergadura, porém, no Brasil não são conhecidas espécies responsáveis por envenenamento humano. As picadas costumam provocar apenas dor de pequena intensidade e de curta duração. Vivem, em geral, em locais afastados do homem (árvores, cupinzeiros, buracos em barrancos e galerias subterrâneas). O ferrão em posição vertical, reduz a eficiência do mecanismo de picada. Assim, raramente causam acidentes, principalmente espécies peludas e de grande porte. Além da inoculação de veneno, possuem outro mecanismo de defesa, inclusive mais freqüentemente utilizado, que consiste em atritar vigorosamente as pernas traseiras no abdômen, espalhando uma nuvem de pêlos com ação irritante em direção ao inimigo. Os pêlos podem causar alergias com manifestações cutâneas ou problemas nas vias respiratórias altas.
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